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04. Peças Icónicas da Nossa História Militar
Fonte : Museu Militar de Lisboa
Par de Pistolas de D. José I
Museu Militar de Lisboa
C om o último número de maio chegou ao Mundial, ficaram em poder dos Russos que, mais tarde,
as venderam em Londres ao Dr. John F. Hayward, diretor
fim a rubrica Monumentos – Quartéis
de departamento no Victoria and Albert Museum.
com História, inteiramente dedicada
aos CANIFA construídos de raiz.
Após seis anos de negociações, estas pistolas foram troca-
Encerra-se mais um ciclo e dá-se
tugal. Finalmente, foram adquiridas pelo Estado Português em
início a outro, embora continuando, na mesma, a divul- das por quatrocentas armas antigas inglesas e voltaram a Por-
gar o rico património do Exército, desta feita, o mate- 1979 e incorporadas no acervo do Museu Militar de Lisboa, ou
rial à guarda dos nossos museus militares e de coleções seja, regressaram ao local onde foram fabricadas em 1757 – a
particulares, com a nova rubrica Peças Icónicas da Nossa Fábrica Real –, sob a direção do Mestre Xavier do Reis, para o
História Militar. Rei D. José I. Embora desde o reinado de D. João V se produzis-
Icónicas pela sua beleza, singularidade ou significado sem armas de caça de elevada qualidade, este foi o primeiro par
histórico; de diferentes origens, tipologias e materiais e que de pistolas de luxo, ao gosto francês, ali fabricado.
podem ser admiradas de norte a sul do continente e nas re- Têm um fecho de pederneira, tipo miquelete, antecarga
giões autónomas. e calibre 14 mm (adarme 32). A fecharia é ricamente traba-
As primeiras peças eleitas cumprem em pleno todos lhada, tem as inscrições “XAVIER DOS REIS NA FABRICA R”
estes requisitos. Trata-se de um par de pistolas que, em e “LISBOA 1757”, e está decorada com embutidos em ouro.
1763, D. José I ofereceu ao Conde de Lippe, Marechal-Ge- Este metal precioso é ainda utilizado na decoração do cano
neral do Exército Português, após a campanha vitoriosa e nas armas reais portuguesas, que figuram no delgado da
conhecida por Guerra Fantástica (ou Guerra do Miran- coronha. A vareta é de madeira com a ponta em marfim.
dum ou Guerra do Pacto de Família). As armas seguiram, Encontram-se expostas na Sala D. José I do Museu Militar
assim, para a Alemanha. Porém, no final da 2. Guerra de Lisboa.
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