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Atualidades .21
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CAPACIDADES
O NUSA é apenas um dos oito equipamentos
que o compõem [Parque de Simulação
Aeroterrestre], mas é o mais recente e
sofisticado e, por isso, o que mais e melhor se
aproxima da realidade de um salto.”
[TCor Tm Carlos Sousa, Chefe de Redação do JE]
cursos ministrados pela Companhia de Forma-
ção Aeroterrestre, do Batalhão de Formação e das
Companhias de Percursores e de Abastecimento
Aéreo, do Batalhão Operacional Aeroterrestre. O
NUSA é apenas um dos oito equipamentos que o
compõem, mas é o mais recente e sofisticado e,
por isso, o que mais e melhor se aproxima da rea- Numa outra sala do NUSA, mesmo ali ao lado,
lidade de um salto. está instalado o seu equipamento mais sofisti-
Depois dos procedimentos iniciais já cumpri- cado. Trata-se de um sistema composto por um
dos – que visam o embarque e posicionamento no computador e um projetor, que exibe um vídeo,
avião e a verificação de todos os equipamentos, in- no pavimento junto à plataforma que faz as vezes
cluindo o ligar do oxigénio – e testados também os de aeronave, que retrata virtualmente a zona de
diversos procedimentos de emergência decorren- lançamento dos paraquedistas e simula o voo e al-
tes de hipotéticos contratempos da aeronave ou do titude de uma aeronave, de um modo tão preciso,
sistema de oxigénio, na simulada fuselagem avizi- que quase aparenta ser real. Debaixo dos nossos
nha-se o momento do lançamento. O chefe de salto pés sucedem-se as casas, os campos agrícolas, as
supervisiona e marca a cadência da operação. Aos estradas e caminhos da região de Tancos, onde,
quatros minutos, como é difícil fazer-se ouvir no já há seis décadas, sucessivas gerações de para-
avião, para mais com uma máscara colocada, uti- quedistas vêm treinando e aprimorando as técni-
liza uma tabela para comunicar com os outros seis cas de lançamento de pessoal e carga.
militares, perguntando-lhes se estão todos pron- Técnicas que também são treinadas, embora
tos. Eles fazem-lhe sinal de que está tudo OK! É, de um modo mais elementar e manual, mas não
então, a vez do chefe de salto, de trás para a fren- menos eficiente, numa terceira sala do NUSA,
te, começar a desconectar o oxigénio da garrafa de com o recurso a uma simples estrutura metálica,
subida e ligá-lo na garrafa que acompanha o para- que suporta e permite a manobra de um forman-
quedista durante a descida até ao chão. Enquanto do nela suspenso, possibilitando-lhe a execução
a contagem decrescente para o salto decorre, pon- de diversos procedimentos como se estivesse no
tuada por vários avisos, as derradeiras verificações Nota : O JE agra- ar em direção ao solo.
são feitas (se a mochila está bem acoplada, se não dece a colaboração O NUSA dispõe, ainda, de um auditório para
do TCor Amaro
há nenhuma tira solta...): dois minutos, um minu- Carapuço, 2. Co- visualização das sessões de lançamento reais,
º
to, cinco segundos e sair...e nesta sala, o exercício mandante do RPa- para identificação e correção dos erros que os for-
ra; do Maj Silva,
é dado por terminado. Oficial de Ligação; mandos cometeram.
Resta agora aos formandos arrumar todo o SAj Monteiro, 1Sar Em suma, o NUSA é um centro de excelência,
material usado, nas condições devidas, uma vez Alves e 1Sar Tioló, em uso já no presente, mas em constante aperfei-
na elaboração des-
mais, sob o olhar atento do instrutor. ta reportagem. çoamento a pensar no futuro. JE
JE 703 – OUT20