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ria assumiu a designação de 2. BBF. Neste mes-
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mo ano, deu-se o fim de vida útil do obus M101 A1
105mm, com a desativação das 1. e 3. Baterias,
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ficando a aguardar pela futura aquisição de mais
obuses AP, de modo a completar a total mecani-
zação do GAC, em linha com a total mecanização
implementada na Brigada.
No início de 2000, após vinte anos de utiliza-
ção, urgia a substituição dos seis obuses M109A2,
em função do seu contínuo estado de degrada-
ção, impedindo inclusive a sua reparação, pelos
custos associados, os quais quase equivaliam à
aquisição de novos obuses. Para esse efeito, a 9
de abril de 1998, o Exército fez deslocar aos EUA
um Oficial do GAC, no sentido de identificar obu-
ses M109 A2/A3 que melhor se adaptariam a um
upgrade para a versão M109A5, no sentido de per-
Secção de Obus com militares portugueses e italianos – DD 1989 mitir avaliar da eventual vantagem de substitui-
foi efetuada por via férrea, mas no caso do GAC ção dos A2 por esta versão.
só do seu pessoal, não incluindo os seus obuses Em 2001 viria, então, a ser tomada a decisão
(projetados somente VBTP M113 e CC M48). de substituição dos A2 pela versão A5, através de
Foi neste quadro que o exercício DD 87 repre- créditos de Foreign Military Sales, decorrentes
sentou a maior representação de sempre do GAC de uma relação bilateral que, neste domínio, se
num exercício no estrangeiro, no qual viria a usar vinha desenvolvendo com os EUA e do acordo de
os obuses do exército italiano, os AP M109A1, defesa estabelecido com este aliado. Deste modo,
uma versão anterior à nossa, mas bastante idên- foram primeiramente adquiridos 14 obuses, que
tica, com exceção do tubo, que na primeira evolu- chegaram a Portugal em dezembro de 2001, sen-
ção da plataforma M109 era mais curto em calibre, do 12 entregues ao GAC e dois à Escola Prática
relativamente ao do A2. O facto do GAC dispor de de Artilharia (EPA). Ao contrário da versão do
um obus mais moderno, assim como do efetivo A2, que foi construído de raiz, o A5 é uma versão
da 4. Bateria deter conhecimentos técnicos e tá- 5 melhorada dos modelos A2 e A3, contudo, com
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Entre 1991 e 1993
ticos resultantes de uma intensa atividade ope- já se havia procedi- uma franca melhoria de capacidades, com a subs-
racional, que era prática corrente, permitiram ao do à transferência tituição do tubo para a versão M284, que permite
Grupo atingir um nível de desempenho bastante do Comando do maior alcance, podendo atingir 24 quilómetros e
elevado neste exercício. Em 1989, o GAC voltaria GAC de Leiria para trinta com munição assistida, com maior cadên-
Santa Margarida,
novamente ao norte de Itália para participar em juntamente com cia de tiro, bem como da proteção Nuclear, Bioló-
mais uma edição do DD. as restantes Ba- gica e Química de toda a viatura. Com a aquisição
terias, à exceção
Em 1994, a 1. BMI passou a designar-se por da 2. BBF. Deste da versão A5, podemos considerar que a AC por-
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Brigada Mecanizada Independente (BMI), na se- modo, não só tuguesa ficou ao nível da maioria dos seus con-
quência do processo de reorganização e reequipa- se favorecia a géneres, tendo até de ter em linha de conta que
Unidade de Co-
mento que visava a total mecanização de todas mando no Grupo, a grande maioria, ainda, se encontrava equipada
as suas Unidades. O GAC também viria a fazer como também se com versões anteriores, nomeadamente do A2 e
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parte desta reorganização do EP, passando a ser assegurava uma A3.
maior capacidade
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constituído por três Baterias, de acordo com a de integração no Com a chegada destes obuses a 1. BBF foi rea-
própria constituição ternária da BMI, e a 4. Bate- seio da 1. BMI. tivada e procedeu-se à substituição dos obuses A2
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