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               ...foi um exercício que refletiu a realidade dos conflitos armados
            modernos. Ao envolver vários países, originou que cada nação
            desenvolvesse as suas melhores soluções, sendo essencial que todos

            se conheçam muito bem, de forma a tirar o máximo proveito dessas
            soluções.”

              [Cap Inf João Lopes]


            um soldado, passando pelo apoio de combate e
            serviços.
               Para tornar este programa ainda mais credível
            foram  nomeados um  conjunto de militares  que
            fizeram o papel de Força Opositora, tentando re-
            criar fielmente as capacidades de um potencial
            adversário. Durante o exercício foram injetados
            incidentes desde ataques armados até um apoio
            à população local.
               Sendo um CPX/CAX de nível Brigada, cada
            Batalhão organizou o seu Posto de Comando de
            modo a conseguir operar todas as suas secções de
            Estado-Maior (EM), sem acesso ao sistema de si-
            mulação. Numa outra sala ficaram os comandan-
            tes de Companhia com os respetivos operadores
            do JCATS. O objetivo foi tornar o fluxo de infor-
            mação e transmissão de relatórios o mais realista
            possível, dado que o comandante de Batalhão e                   de ênfase aos aspetos legais do uso da força e às
            o seu EM apenas tinham acesso à informação via                  atividades militares desenvolvidas no limiar da
            rádio. No decorrer dos incidentes foram infligidos              guerra, tendo consciência de que atravessar essa
            danos nas nossas Forças e nas opositoras, permi-                linha implica mudanças no uso da força.
            tindo explorar ao máximo a capacidade de decisão                   A Companhia portuguesa está pronta para as-
            dos comandantes e o trabalho das células do EM.                 sumir a  responsabilidade  de  contribuir  para  os
               O LAMA-20 foi um exercício que refletiu a                    compromissos nacionais para com a Aliança. As
            realidade dos conflitos armados modernos. Ao                    experiências em ambiente multinacional permi-
            envolver vários países, originou que cada nação                 tem aos militares ultrapassarem a barreira lin-
            desenvolvesse as suas melhores soluções, sendo                  guística e trocar experiências com os seus pares
            essencial que todos se conheçam muito bem, de                   de outros países. Com as várias participações em
            forma a tirar o máximo proveito dessas soluções.                exercícios internacionais, o treino e a experiên-
               O conflito assimétrico é o grande desafio da                 cia da nossa Força tem melhorado consideravel-
            Brigada VJTF2020 porque a Força tem de atuar de                 mente, aumentando assim a nossa credibilidade
            acordo com as convenções internacionais e dou-                  no seio da NATO.
            trinas da Aliança, enquanto que um possível opo-                   O ano de 2020 não exige só a prontidão per-
            sitor não terá em consideração esses princípios                 manente da CAtMecRodas, mas será também de
            morais e éticos. Por isso, o LAMA-20 deu gran-                  treino constante em Portugal e no exterior. JE



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