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Cultura & Lazer
UMA VISÃO DA HISTÓRIA
A Marinha de Guerra chinesa também pre- próximo do final de julho, com a derrota dos
tendeu colaborar nas operações, disponibili- piratas e prisão de parte deles, embora mui-
zando algumas canhoneiras que estavam ao tos tenham conseguido fugir, mas o preten-
largo de Coloane, o que foi recusado pelas nos- dido resgate das crianças foi feito (não de to-
sas autoridades. das, algumas acabaram por perecer durante os
Nos dias seguintes, sucessivas patrulhas combates) e a vitória das armas portuguesas
foram feitas nas colinas em busca dos raptores foi saudada pelas autoridades chinesas.
e raptados, que apesar da resistência arma- Algum tempo depois, para evocar estas
da dos primeiros, pouco a pouco, foram sen- operações militares contra os piratas, foi eri-
do encontrados. As operações terminaram já gido na vila de Coloane, um monumento que
descreve as ações praticadas pelas nossas tro-
pas e que se situa no largo junto à Igreja de São
Francisco Xavier.
Como curiosidade, ainda relacionada com
estas operações contra os piratas, refira-se
que uma das peças de artilharia de montanha
utilizadas era uma peça de fabrico japonês,
designada no nosso Exército por peça B.E.M.--
Bronze Estriada de Montanha, com um alcance
de 3000 metros, que tinha sido adquirida pelo
Governo de Macau ao Arsenal de Osaka, em
1883, mas que acabou por não ter grande uti-
lidade nas referidas operações. Um exemplar
desta peça pode ser observado e estudado no
Museu Militar de Lisboa. JE
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