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doras da sua própria identidade. Somos a única
instituição que há quase um século vem celebran-
do o Dia do Combatente, a 9 de abril e o Dia do Ar-
mistício e, desde há alguns anos, também o Dia
do Fim da Guerra do Ultramar, a 11 de novembro.
Mas eu assinalo, ainda, mais duas datas igual-
mente importantes.
O dia 2 de novembro, Dia de Finados, em que
a LC promove em todo o País e no estrangeiro
cerimónias de homenagem aos combatentes ca-
ídos por Portugal, quer colocando flores nos mo-
numentos que lhe são dedicados, quer na ida aos
cemitérios onde os mesmos se encontram.
A outra data que, há já anos, ultimamente
com o apoio das Forças Armadas e das Forças de
Segurança, integrou os nossos dias festivos é o
29 de Maio. Dia que a ONU definiu como Dia dos
Capacetes Azuis e que nós passamos a adotar,
alargando para o Dia das Operações de Paz e Hu-
manitárias. Acontece que há dois anos foi nesse
cação dos lugares no mundo onde se encontram dia inaugurado o monumento às Operações de
inumados militares caídos ao serviço de Portugal, Paz em Belém, junto ao monumento aos Comba-
criamos para nós próprios, uma missão ciclópica tentes do Ultramar.
que ninguém, ainda, havia levantado. Orgulha- JE: A LC tem uma revista oficial – Combaten-
mo-nos do que já foi possível fazer em África, na te – uma publicação similar ao nosso Jornal do
Europa e na Ásia. Temos a plena consciência da Exército. Qual a importância desta revista e o seu
dificuldade de manutenção do que já foi feito e do alcance?
que falta fazer, bem como dos meios humanos e TGen C. Rodrigues: A revista Combatente é
financeiros necessários. para nós um ponto importante de contacto com
Mereceu a pena o esforço já realizado o qual não os nossos sócios. Estes têm características mui-
só proporcionou dignificação de espaços, como to diferenciadas, cobrindo todas as camadas da
possibilitou a trasladação de combatentes. Têm sociedade portuguesa e é fundamental que inte-
sido membros da DC que, pessoalmente, tem con- resse a todos. Não é tarefa fácil, mas procuramos
duzido estas operações no terreno, com extraordi- produzir uma revista de interesse geral. Julgamos
nário voluntarismo, dedicação e sacrifício pessoal. ser a revista com assuntos de interesse militar de
JE: A LC, durante o ano civil, tem três datas maior divulgação (50 000 exemplares). Temos
evocativas de grande relevo e em que tem um pa- um site e três páginas no Facebook, mas a LC não
pel muito particular. Refiro-me ao 9 de Abril, da prescinde da revista Combatente, meio de comu-
Batalha de La Lys na Flandres em 1918; o 10 de nicação que considera estar ao alcance de todos e
Junho, Dia de Portugal e o 11 de Novembro, data bem aceite por todos.
do Armistício da Guerra 1914-1918. Há mais algu- JE: E o futuro, meu Tenente-General, quais
ma data que eu não esteja a referir e em que a LC os grandes desafios para esta instituição tão rele-
tem uma participação ativa? vante para todos os militares, antigos e atuais, e
TGen C. Rodrigues: De facto, a LC tem as da- para Portugal?
tas que referiu como datas formadoras e funda- TGen C. Rodrigues: O futuro constrói-se. To-
JE_Abr21.indb 36 26/07/2021 15:35:55