Page 25 - JE719
P. 25
.25
Atualidades .25
CAPACIDADES
sões, sendo que parte das mesmas, nas Tropas Paraque-
distas, começam com um salto em paraquedas.
Levantamento da Capacidade
Cinotécnica
O intitulado “cão de guerra” foi introduzido nas Tropas
Paraquedistas nos finais dos anos 50, mais precisamente
no dia 4 de julho de 1957. É assinado nesse dia, pelo
então subsecretário de Estado da Aeronáutica, Tenente-
Coronel Kaúlza de Arriaga, o despacho que determina
a criação de um canil, no então Batalhão de Caçadores
Paraquedistas (BCP), visando a criação e treino de
cães militares, para garantir a segurança não só das
Unidades Paraquedistas, mas de todas as da Força
Aérea Portuguesa (FAP).
Em 1958 foram enviados dois militares paraquedis-
tas, um oficial e um sargento, ao 10.º Grupo Veteriná-
rio Autónomo do Exército Francês, para frequentarem
um Curso de Cinotecnia. Após a sua formação e nas
instalações do Centro Cinotécnico, construídas no
BCP, foram ministrados inúmeros Cursos de Tratado-
res e Treinadores de Cães de Guerra, aos militares da
FAP, sendo reconhecido o pioneirismo e a excelência Progressão de coluna apeada com utilização de canídeo em Teatro
do trabalho aí desenvolvido. de Operações, na Guerra Colonial
Desde a sua criação já integraram as fileiras do
Pelotão Cinotécnico 722 cães militares. Estes perma- final dos quais são doados aos seus operadores. A raça
necem, em média, oito anos de vida nas fileiras, ao canina com presença mais significativa e com grande
aptidão para desempenhar missões militares é o “pas -
tor alemão”.
Os Cães na Guerra Colonial
Em 1961, no contexto da Guerra Colonial, os binó-
mios cinotécnicos cumpriram uma das suas primeiras
missões no âmbito do patrulhamento, nas zonas mais
perigosas da capital de Angola, Luanda, por ocasião
dos incidentes iniciados com o ataque à força policial
no bairro de São Paulo. Essa missão foi cumprida com
grande sucesso.
Em dezembro de 1963 o Destacamento de Defe -
sa Imediata do Aeródromo-Base n.º 2, de Bissau, foi
reforçado com uma Equipa de Cães de Guerra. Para
além das missões de segurança a infraestruturas, os
binómios cinotécnicos foram integrados em patrulhas
de combate, com o objetivo de contribuir para aumen -
tar a segurança da patrulha. Os “cães de guerra”, não
Binómio cinotécnico em preparação para aterragem
(Créditos : Bryan Ferreira) só davam o alerta, como também executavam a dete -
JE 719– MAI22