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                                                                                                   CAPACIDADES





            sões, sendo que parte das mesmas, nas Tropas Paraque-
            distas, começam com um salto em paraquedas.

            Levantamento da Capacidade
            Cinotécnica
            O intitulado “cão de guerra” foi introduzido nas Tropas
            Paraquedistas nos finais dos anos 50, mais precisamente
            no dia 4 de julho de 1957. É assinado nesse dia, pelo
            então subsecretário de Estado da Aeronáutica, Tenente-
            Coronel Kaúlza de Arriaga, o despacho que determina
            a criação de um canil, no então Batalhão de Caçadores
            Paraquedistas (BCP), visando a criação e treino de
            cães militares, para garantir a segurança não só das
            Unidades Paraquedistas, mas de todas as da Força
            Aérea Portuguesa (FAP).
               Em 1958 foram enviados dois militares paraquedis-
            tas, um oficial e um sargento, ao 10.º Grupo Veteriná-
            rio Autónomo do Exército Francês, para frequentarem
            um Curso de Cinotecnia. Após a sua formação e nas
            instalações do Centro Cinotécnico, construídas no
            BCP, foram ministrados inúmeros Cursos de Tratado-
            res e Treinadores de Cães de Guerra, aos militares da
            FAP, sendo reconhecido o pioneirismo e a excelência   Progressão de coluna apeada com utilização de canídeo em Teatro
            do trabalho aí desenvolvido.                          de Operações, na Guerra Colonial
               Desde a sua criação já integraram as fileiras do
            Pelotão Cinotécnico 722 cães militares. Estes perma-    final dos quais são doados aos seus operadores. A raça
            necem, em média, oito anos de vida nas fileiras, ao     canina com presença mais significativa e com grande
                                                                    aptidão para desempenhar missões militares é o “pas -
                                                                    tor alemão”.

                                                                    Os Cães na Guerra Colonial
                                                                       Em 1961, no contexto da Guerra Colonial, os binó-
                                                                    mios cinotécnicos cumpriram uma das suas primeiras
                                                                    missões no âmbito do patrulhamento, nas zonas mais
                                                                    perigosas da capital de Angola, Luanda, por ocasião
                                                                    dos incidentes iniciados com o ataque à força policial
                                                                    no bairro de São Paulo. Essa missão foi cumprida com
                                                                    grande sucesso.
                                                                       Em dezembro de 1963 o Destacamento de Defe -
                                                                    sa Imediata do Aeródromo-Base n.º 2, de Bissau, foi
                                                                    reforçado com uma Equipa de Cães de Guerra. Para
                                                                    além das missões de segurança a infraestruturas, os
                                                                    binómios cinotécnicos foram integrados em patrulhas
                                                                    de combate, com o objetivo de contribuir para aumen -
                                                                    tar a segurança da patrulha. Os “cães de guerra”, não
            Binómio cinotécnico em preparação para aterragem
            (Créditos : Bryan Ferreira)                             só davam o alerta, como também executavam a dete -



                                                                                                              JE  719– MAI22
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