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COOPERAÇÃO
de treino) pré-existentes que permitem executar esta “
… as cooperações
tipologia de treino com enorme facilidade, comparan-
do com a globalidade dos países europeus. aeroterrestres são realizadas
As cooperações aeroterrestres são realizadas desde desde há muitos anos e
há muitos anos e sempre trouxeram benefícios sig-
nificativos para a formação e treino operacional dos sempre trouxeram benefícios
Paraquedistas portugueses. Tendo em consideração os significativos para a formação
constrangimentos da atualidade tem sido significativo
o valor acrescentado decorrente da participação em e treino operacional dos
exercícios internacionais e cooperações, para a preser- Paraquedistas portugueses.”
vação das qualificações aeroterrestres e para se conse-
guir providenciar o treino necessário para a realização
das tarefas associadas à atividade aeroterrestre. Grande altitudes não fisiológicas (acima dos 10 000 pés). É
parte das cooperações desenvolvidas, principalmente nesta tipologia de saltos, em particular, que o espaço
com a Bélgica e a Alemanha, que nos últimos anos têm aéreo português se revela peculiarmente facilitador
marcado presença regular em Portugal, têm procurado, para o desenvolvimento deste tipo de atividade, pois,
essencialmente, o desenvolvimento de competências quando comparado com a maioria dos países europeus,
e o cimentar das mesmas nas áreas do paraquedismo o volume de tráfego aéreo é muito inferior facilitando a
avançado, concretamente nos saltos operacionais de coordenação e a realização das atividades.
abertura manual, quer a altitudes fisiológicas quer a O Comando do Regimento de Paraquedistas (RPa-
ra) e da Brigada de Reação Rápida (BrigRR) têm procu-
rado, de forma proativa, restabelecer velhas cooperações
e celebrar novas, com base nas condições, infraestrutu-
ras e reconhecimento do Know-how aeroterrestre exis-
tente nas tropas paraquedistas portuguesas, tendo até
ao momento, os resultados deste trabalho sido muito
encorajadores. Reflexo disso é a procura constante de
países para o desenvolvimento deste tipo de coopera-
ção, como é o exemplo da Alemanha, Áustria, Bélgica,
França, Estados Unidos da América (EUA) e Itália.
Mesmo num período marcado pela pandemia da
COVID-19, que levantou, também, enormes restrições
e condicionamentos para o desenvolvimento destas ati-
vidades, foram desenvolvidas cooperações aeroterres-
tres com a Alemanha, cumprindo com todas as regras
sanitárias impostas, no que diz respeito à COVID-19.
Assim, e pelo terceiro ano consecutivo, realizou-se
em 2021, a cooperação bilateral Portugal-Alemanha,
designada por exercício DEEPINFIL (DIN). À imagem
de todas as cooperações aeroterrestres desenvolvidas
nos últimos anos, os objetivos de treino e operacio-
nais visam essencialmente o âmbito da Queda Livre
Operacional, permitindo discutir tendências relati-
vas à doutrina e às técnicas, táticas e procedimentos
empregues, avaliar desenvolvimentos tecnológicos em
Salto operacional em Tandem busca de novos conhecimentos e equipamentos, que
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