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ARMAS COMBINADAS 09 - 49



                                                                  ventude, não confere por si só as competências
                                                                  e experiência necessárias para colocar em mo-
                                                                  vimento as diferentes “engrenagens” do Sistema
                                                                  de Equitação Militar.









                    Em jeito de reflexão, algumas propostas e
               ideias que podem contribuir para esse desiderato,
               e que estão em linha com as superiores orienta-
               ções do Exército:

               1.   Da especialização dos recursos humanos

                    Relativamente aos cursos de  formação de
               formadores/treinadores, de referir que com a as-        No que à especialização dos restantes es-
               sinatura do protocolo com a Federação Equestre     pecialistas diz respeito (Tratadores-Hipo, Des-
               Portuguesa (FEP), em maio de 2015, ultrapassa-     bastadores, Siderotécnicos –  vulgo ferradores),
               ram-se uma série de obstáculos e burocracias       o esforço deve ser desenvolvido na procura da
               que  viabilizaram novamente a certificação e o     certificação dos cursos existentes e no reconhe-
               reconhecimento das ações de formação, ligadas      cimento dos formandos de acordo com o Catálo-
               ao desporto equestre, levadas a cabo no Exército.   go Nacional de Qualificações.
               Ainda assim, deve ser tido em atenção, que esse         No caso da Siderotecnia, o desafio pode in-
               reconhecimento, com base exclusiva nos refe-       clusivamente ir mais além na medida em que é
               renciais de curso elaborados pela FEP e aprova-    uma formação que, estando a ser ministrada na
               dos pelo Instituto Português do Desporto e Ju-     Clínica  Veterinária Militar de Equídeos, de mo-
                                                                  mento não tem entidade certificadora e não está
                                                                  inscrita em catálogo.
                                                                       Outra atividade profissional especializada
                                                                  “esquecida” é a Correaria. Eventualmente com
                                                                  maior esforço e investimento do que as especia-
                                                                  lizações referidas anteriormente, a recuperação
                                                                  desta profissão poderia constituir-se como uma
                                                                  mais valia na medida em que o Exército é, nes-
                                                                  ta área, dependente da prestação de serviço por
                                                                  parte de entidades civis. À semelhança da sidero-
                                                                  tecnia (ferração), esta profissão também não vem
                                                                  plasmada no Catálogo Nacional de Qualificações.

                                                                       De relevar ainda, a necessidade de identifi-
                                                                  car em cada uma das áreas de especialização o
                                                                  nível de qualificação que permite, para os milita-
                                                                  res que não são do Quadro Permanente, o acesso
                                                                  ao Regime de Contrato Especial.
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