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46. Cultura & Lazer
ROTEIROS MILITARES
Praça-Forte de Elvas
Cidade-Quartel (Parte II)
Neste número damos continuidade ao roteiro ini-
ciado em junho, prosseguindo com a visita aos muitos
edifícios castrenses de Elvas.
Regresse ao castelo, onde terminámos a etapa an-
terior, para, desta feita, percorrer os seus arredores.
Na sua retaguarda está o Paiol de Santa Bárbara. Numa
localização mais afastada, na direção nordeste, estão
os Quartéis da Corujeira, os primeiros a serem erguidos
(séc. XVII), hoje em ruína a aguardar recuperação, numa
rua com esta denominação e junto à qual esteve o Co-
mando Militar da Praça de Elvas. Logo depois encontra
o meio baluarte de São João da Corujeira, onde se situa
o Cemitério dos Ingleses, que acolhe alguns militares Baluarte de Olivença na muralha seiscentista
mortos na Guerra Peninsular. Descendo a rua, um pouco
mais à frente, desembocará na muralha dos Terceiros e, poderá avistar alguns dos seus torreões, que emergem
num plano inferior, encontrará as Portas de São Vicente por entre as casas, como o campanário da Igreja de São
e a Praça dos Combatentes da Grande Guerra onde pode Pedro e os dois que se situam, um pouco mais adiante,
apreciar o monumento dedicado aos elvenses mortos quando se segue na citada rua. Antes desta findar numa
neste conflito, erigido em 1938. bifurcação, à sua direita está o Arco da Senhora da En-
Tente agora acompanhar o contorno da segunda mu- carnação, mais outro torreão. Na bifurcação opte pela
ralha islâmica (séc. XII). Ainda na praça, olhando para rua da direita (a de Brás Coelho), trajeto um pouco mais
o casario situado à direita da Rua de Sá da Bandeira, curto e o que mais se aproxima do contorno da muralha.
Ao chegar ao cruzamento siga em frente e entre na Rua
Casa das Barcas da Cadeia. Mais adiante, à direita, está mais um arco,
o do Relógio ou da Praça, pois por ele se passa para a
Praça da República e, metros acima, a Torre Fernan-
dina, já mencionada no número anterior. Se ainda não
a visitou esta é a altura para o fazer. Suba as escadas
junto à torre que levam à sua entrada.
Na Rua da Cadeia continue até chegar aos CTT, vire à
direita e siga pela Rua de João Pereira de Abreu, no fim
da qual encontrará à sua direita o edifício do Conselho
de Guerra (séc. XVII), onde se tratavam os assuntos
militares respeitantes à praça-forte. Por aqui ficava
também a segunda muralha islâmica.
No largo defronte está a Casa das Barcas, atualmen-
te o mercado, mas que já foi um cinema e o primeiro
teatro de Elvas. O edifício foi erguido (1703/05) para aí
serem construídas e guardadas as barcas necessárias à
Texto : TSup João Moreira Tavares travessia dos rios Caia e Guadiana, aquando de opera-
Fotos : Câmara Municipal de Elvas ções militares.
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