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Cultura & Lazer .47
ROTEIROS MILITARES
quais estão mais antigos quartéis, os dos Artilheiros
ou das Balas. Logo a seguir, do mesmo lado, encontra-
rá a Cisterna (1650) destinada a acolher a água vinda
do Aqueduto da Amoreira e a abastecer a urbe durante
longos períodos de cerco.
Continue pela Faceira da Cisterna até ao acesso mo-
derno a Elvas rasgado nas muralhas. Logo à frente, está
o Convento de São João de Deus (um hotel), onde fun-
cionou durante mais de três séculos o Hospital Militar
e, ainda, a Vedoria Geral. Atravesse-o, através dos arcos
aí existentes, e chegará ao Assento, mais tarde sucursal
da Manutenção Militar, grande edifício para guarda de
géneros alimentícios, palha e padaria.
Saia da cidade e rume ao monte da Graça, onde se
encontra o expoente máximo da fortificação abaluartada
de Elvas e um dos melhores exemplos do mundo, o Forte
da Graça (ou de Lippe, o seu mentor). Construído entre
1763 e 1792, foi aberto ao público em 2015, após obras
de restauro, que lhe deram a imponência e beleza de
outrora. Indescritível e imperdível!
Ali perto, no sítio dos Murtais, visite também o Pa-
drão da Batalha das Linhas de Elvas.
Restam para ver dois fortins, São Pedro e São Do-
Porta da Esquina, Capela e Paiol da Conceição mingos, do início do século XIX, erigidos para reforço
da defesa da cidade, mas localizados na sua periferia,
Nesta zona os edifícios castrenses amontoam-se. respetivamente, num bairro a sul e junto ao aqueduto.
À esquerda da Casa das Barcas está a Casa dos Fornos Bom passeio!
(séc. XIX), que servia para a produção de pão; e à sua
direita, na rua que deles recebeu o nome, estão mais Forte da Graça
quartéis, os de São Martinho, agora aproveitados para
albergar lojas de artesanato.
No sentido contrário, já na Avenida 14 de Janeiro,
encontra o imponente Quartel do Trem, hoje Escola
Superior Agrária. Construído entre 1694 e 1715, aqui se
fabricou, reparou e guardou material de guerra.
O Convento de São Paulo, defronte do Trem, pre-
sentemente um hotel, foi quartel e, mais tarde, casa de
reclusão e tribunal militar.
No fim da avenida, junto às Portas da Esquina, está
o Paiol de Nossa Senhora da Conceição, obra do sécu-
lo XVII, que partilha aquele espaço com a capela com
o mesmo nome, ali colocada – por cima de uma das
portas (a interior) – para pedir a proteção divina para
a praça-forte.
Desça a rua que acompanha as muralhas, junto às
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