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Atualidades .27
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CAPACIDADES
A pandemia demonstrou o
potencial da Unidade Militar
Laboratorial de Defesa Biológica
e Química na resposta a eventos
pandémicos.”
ratorial na área da bromatologia, da defesa biológi-
ca e da segurança e defesa química, aos ramos das
Forças Armadas e outras instituições do Estado.
Na hierarquia da Direção de Saúde esta Unidade
divide-se no Laboratório de Bromatologia e Defesa
Biológica (LBDB) e no Laboratório de Segurança e
Defesa Química (LSDQ).
O LBDB está dotado de um laboratório de nível
de biossegurança 2 (BSL-2) e doutro de nível de
biossegurança 3 (BSL-3). No BSL-2 é possível ma- Descontaminação do isolador de pressão negativa no BSL-3
nipular agentes infeciosos ou toxinas que repre-
sentam um perigo moderado, se acidentalmente biana das refeições servidas e verificar possíveis
inalados, ingeridos ou expostos através da pele. contaminações.
Nestas instalações são analisados agentes infecio- Desde 2015 que foram processadas 7111 amos-
sos em câmaras de segurança, sendo rotineiramen- tras a alimentos, superfícies e água, com uma
te processadas amostras alimentares, no âmbito do média de 1015 amostras anuais, provenientes das
apoio ao sistema de segurança e defesa alimentar Unidades do Exército, contingentes das Forças Na-
do Exército e na investigação de surtos de toxinfe- cionais Destacadas e ainda das Unidades de outros
ção alimentar. Os microrganismos presentes são ramos das Forças Armadas.
depois confirmados através de técnicas bioquí- A UMLDBQ tem sido amplamente solicitada
micas, moleculares ou genéticas. Esta avaliação no atual contexto de pandemia COVID-19, parti-
laboratorial permite averiguar a qualidade micro- cularmente a Secção de Defesa Biológica do LBDB
para a realização de testes laboratoriais, para dete-
ção de SARS-CoV-2.
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
considerou como requisito essencial a existência
de BSL-2 ou BSL-3, com equipas especializadas
em biossegurança. Assim, o BSL-3 presente na
UMLDBQ, por permitir o estudo de agentes ou
toxinas que podem ser transmitidos por via aérea
e causar infeções potencialmente letais, revelou-se
um recurso fundamental para o diagnóstico labo-
ratorial de COVID-19, em condições de biossegu-
rança. Este laboratório é dotado de infraestruturas
e equipamentos que permitem a manipulação e
identificação de agentes infeciosos de categoria
A, ou agentes emergentes como o SARS-CoV-2,
Placa com meio seletivo de Salmonella spp. nomeadamente através de um isolador com pres-
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