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responder a qualquer ameaça ou crise e que desta forma
possam manter a paz e a harmonia das suas populações,
garantindo a segurança coletiva de todas as nações.
Importa referir que o COLD RESPONSE 22, estando
incluído no ciclo de planeamento do treino militar que
decorre sob a égide da NATO, foi anunciado há mais de
oito meses, o que demonstra que a condução do mesmo,
per se, não está ligada à campanha militar conduzida
pela Federação Russa em território ucraniano.
A execução deste grande exercício internacional per-
mitiu junto da opinião pública mundial e, especialmente,
da europeia, reforçar o vínculo transatlântico duradouro
da organização reunindo aliados de ambos os lados do
Atlântico.
Transposição de um plano de água em zona de Fiordes O Exército, acautelando a necessidade de capacitar as
suas forças, tem tido, ao longo dos anos, preocupações
madas da Ucrânia e os opositores ao regime apoiados específicas no treino, procurando no Território Nacional
pela Federação Russa passaram de baixa para elevada condições que sejam similares às que se encontram no
intensidade e da tensão crescente que se verifica entre a norte da Europa. Nesse sentido, aproveitando o levan-
maioria dos países com assento nas Nações Unidas e o tamento do Agrupamento Mecanizado VJTF 22 no
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poder político de Moscovo, a edição do corrente ano do quadro dos compromissos assumidos com a NATO, o
exercício COLD RESPONSE assumiu uma importância
ainda maior do que nos anos anteriores. Suécia e Finlân-
dia, países tradicionalmente neutros e não pertencentes
à NATO, ponderam vir a pertencer a esta organização e,
com a aprovação dos respetivos parlamentos, participa-
ram no exercício deste ano.
Realizado de 14 a 31 de março, o exercício envolveu
um número recorde de 35 000 militares e diversas ti-
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pologias de equipamentos, incluindo veículos, navios e
aeronaves pertencentes a 27 países da Europa e América
do Norte.
Com a condução do exercício na atual situação con-
turbada que se vive na Europa, pretendeu-se transmitir
uma mensagem de unicidade na NATO e, em simultâ-
neo, evidenciar o princípio de defesa coletiva consagrado
no Artigo 5.º do Tratado de Washington estabelecido
aquando da sua fundação, em 1949.
Durante quase três semanas, unidades militares de
países da NATO e nações parceiras percorreram vastas
áreas geladas, realizaram tiro real, aplicaram doutrinas e
treinaram procedimentos.
Face aos tempos que se vivem, o exercício passou por
treinar capacidades vitais, a fim de garantir que as for-
ças armadas dos países coligados, por razões de aliança Progressão no terreno de patrulha mista constituida por forças ame-
ou de interesses geopolíticos, estejam preparadas para ricanas e norueguesas