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12. A Guerra em África (1961-1974) – Recrutamento e Mobilização
                  das Tropas Portuguesas

                         Distribuição dos efetivos de Praças do exército na Metrópole em 1969

                                                    Cabos             soldados

                           Infantaria               3549                8178
                           Artilharia               1484                3837

                           Cavalaria                 958                1802
                           Engenharia                660                1367

                          Transmissões               467                632
                       Serviço de Material           325                406

                          Intendência                140                331
                        Serviço de Saúde             125                203

                          Polícia Militar            140                455
                          Transportes                634                1002

                             totais                 8482               18 213



                     A guerra fez aumentar a necessidade de formação dos oficiais milicianos,
               designada por Curso de Oficial Miliciano (COM). Este curso de oficiais tinha a
               duração de 22 semanas (quase seis meses), sendo ministrados três cursos por
               ano até 1966 e quatro cursos por ano entre 1966 e 1974. Foram formados de
               2000 a 2600 oficiais milicianos em cada ano, dos quais cerca de 80% acabavam
               mobilizados  para  a  guerra.  Com  um  exército  constituído  essencialmente  por
               militares do serviço militar obrigatório, os oficiais e sargentos milicianos tiveram
               um peso muito relevante no seio das unidades mobilizadas, constituindo a maior
               parte  dos  graduados.  As  pequenas  unidades  de  combate  como  os  pelotões
               (grupos  de  combate)  eram  comandadas  por  oficiais  milicianos,  chegando
               mesmo a ser comum as companhias de caçadores, de Artilharia e de Cavalaria
               não terem nenhum oficial do quadro permanente.

                     Anualmente, nos Cursos de Sargentos Milicianos (CSM) eram formados
               cerca de 7500 furriéis, dos quais, mais de 80 % eram mobilizados para África,
               assegurando mais de 90% das funções dos sargentos nas unidades de combate.
               Numa  companhia  de  Caçadores,  de  Artilharia  ou  de  Cavalaria,  entre  os  16
               sargentos que a integravam, apenas um ou dois eram do quadro permanente,

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