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                         Desde 1810 à criação da Arma

                  de Transmissões, materializada pela
                  publicação do Decreto-Lei 364/70,
                  de 4 de agosto, foram trilhados

                  caminhos árduos, mas insignes,
                  os quais ficaram testemunhados

                  desde o marco da telegrafia ótica
                  até aos mais complexos sistemas
                  de comunicações por fibra ótica e

                  satélite.”                                                       Logótipo vencedor do concurso realizado pela DCSI,
                                                                                   no âmbito das comemorações do 50.º aniversário da
                    [Cor Tir Tm Garrido Afonso]                                    Arma de Transmissões


                  publicação sob o título Organização e Regu-                     sendo reconhecida a especificidade e complexida-
                  lamento de Disciplina do Corpo destinado ao                     de da missão das Unidades de Transmissões, que
                  Serviço dos Telégrafos, com a missão primá-                     ficou  materializada  em  estruturas  orgânicas  dife-
                  ria de proceder à operação da primeira rede de                  renciadas, dotadas de quadros com formação es-
                  telegrafia ótica, implantada em Portugal. Este                  pecífica, para responder eficazmente aos desafios
                  Corpo Telegráfico, posteriormente, ficou na                     tecnológicos. Para colmatar lacuna, o Ministério
                  dependência do Real Corpo de Engenheiros.                       do Exército na reorganização determinada pelo
                     Desde 1810 à criação da Arma de Transmis-                    Decreto-Lei 42564, de 7 de outubro de 1959, gerou
                  sões, materializada pela publicação do Decre-                   a Direção da Arma de Transmissões, integrada na
                  to-Lei 364/70, de 4 de agosto, foram trilhados                  Direção-Geral de Instrução, tendo sido o catalisa-
                  caminhos  árduos,  mas  insignes,  os  quais  fica-             dor para a desagregação, anos mais tarde, dos Qua-
                  ram testemunhados desde o marco da telegra-                     dros de Transmissões e de Engenharia. A Direção
                  fia ótica até aos mais complexos sistemas de                    da Arma de Transmissões, passou a superintender
                  comunicações por fibra ótica e satélite.                        tecnicamente as Unidades e Órgãos de Transmis-
                     Ao longo dos séculos XIX e XX, múlti-                        sões, bem como assumiu a gestão dos recursos hu-
                  plas Unidades, Estabelecimentos e Órgãos de                     manos e materiais colocados à sua disposição.
                  Transmissões, nos primórdios enquadradas                           A criação da Arma de Transmissões, en-
                  na  Arma  de  Engenharia,  participaram em  di-                 cerrava diversos condicionalismos, nomea-
                  versos conflitos armados. Destacando-se no                      damente a falta de quadros na Arma de En-
                  período anterior à criação da Arma de Trans-                    genharia do Ramo de Transmissões, que foi
                  missões, a participação destas Unidades, na                     agravada pela criação do Serviço de Material
                  Grande Guerra (1914-18), integradas no Corpo                    em 1956, que subtraiu muitos desses quadros
                  Expedicionário Português na Flandres e nas                      para as suas estruturas. Assim, a falta de qua-
                  Forças expedicionárias enviadas para as anti-                   dros   tecnicamente  qualificados  revelava-se
                  gas colónias portuguesas.                                       um problema  fulcral  que  urgia  colmatar,  no-
                     Ao longo deste percurso, de intensos e marcan-               meadamente a falta de Oficiais Engenheiros
                  tes desenvolvimentos tecnológicos no domínio                    Eletrotécnicos, o que demorou alguns anos a
                  das comunicações e sistemas de informação, foi                  ser colmatado.




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