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General José Nunes da Fonseca
Chefe do Estado-Maior do Exército
Exército deve a sua existência aos que nele servem, pois não há
Oorganizações sem recursos humanos, por mais diminutos que estes
sejam. O Exército incorpora e integra Pessoas, para cumprir a sua
missão de servir Pessoas.
Atualmente, perpassa pela instituição militar a necessidade de redobrada
atenção aos processos de recrutamento e de retenção dos respetivos recursos
humanos. A acuidade da seleção, formação e administração dos militares
dependem hoje, mais que outrora, da especialização de funções, da fulgurante
evolução tecnológica e da acrescida capacidade de decidir, rápida e acertadamente,
em qualquer operação militar. Neste contexto, constitui opção importante a
revisitação de experiências do passado, numa perspetiva de análise da evolução
de procedimentos e de posturas, no que tange a gestão de recursos humanos.
Porque importa continuar a dispor de Pessoas, em quantidade e qualidade!
É sabido que a afirmação das nações, ao longo da História, assentou
essencialmente na existência de um instrumento militar credível, na sua maioria
alicerçado em valores de cidadania. Assim se salvaguardaram a vontade,
a independência e a sobrevivência coletiva, e se criaram as raízes para o
desenvolvimento e bem-estar das populações.
O Exército Português, fulcro da capacidade militar da nação desde
tempos imemoriais, invariavelmente se compôs e se organizou em contextos
xi