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Resgate do Tenente Piloto Aviador Miguel Pessoa, da
Força Aérea Portuguesa, Guiné, em 1973
intérprete e condutor do Major José Maria Carvalho
Teixeira. A saída deste Oficial e sua substituição por um
Oficial de Artilharia, com quem tinha um relaciona-
mento menos amistoso, coincide temporalmente com o
encontro com o Alferes miliciano Maurício Leonel de
Sousa Saraiva, que procurava voluntários para formar
um Grupo de Comandos.
Marcelino da Mata voluntaria-se e, quase de ime-
diato, em 14 de janeiro de 1964 é embarcado na fragata
F-332 Nuno Tristão, para participar na grande Opera-
ção Tridente, com o objetivo de recuperar o controlo da
região do Como, integrando um Grupo de 25 homens
liderados pelo Alferes Maurício Saraiva. A ilha do
Como estava totalmente ocupada pelo PAIGC e, após
dezenas de dias de combate, foi recuperada permane-
cendo lá uma Companhia de Caçadores.
O Comando-Chefe da Guiné dá por terminada
a Operação Tridente em 24 de março de 1964 e o
Primeiro-Cabo Marcelino da Mata, louvado e punido
com três dias de detenção por ter ido caçar para o mato
no decurso da operação, fica adstrito à Companhia de
Comando e Serviços do Quartel-General.
A partir de 23 de julho de 1964 integra, em Brá, o
primeiro corpo de instrução do Centro de Instrução
de Comandos da Guiné, cujo comandante era o Major
António Dias Machado Correia Dinis, para realizar o
1.º Curso de Comandos que se realizou
na Guiné, integrando a 1.ª equipa
comandada pelo Furriel António
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Manuel Vassalo Miranda , no Grupo
Panteras sob o comando do Alferes
Pombo dos Santos. Curso que terminou
em outubro de 1964, proporcionando a
criação de três Grupos de Comandos:
Camaleões, Fantasmas e Panteras, que
atuaram até julho de 1965.
Em 1965, termina o seu tempo de
serviço nas fileiras, mas apresenta re-
querimento e é readmitido nas Forças
Armadas do CTIG, passando a Primei-
ro-Cabo Readmitido.
Em 1966, é promovido por distinção
a Furriel do Quadro Permanente. Em 2 de
janeiro de 1967, o seu Grupo de combate Os Roncos
participa na Operação Cajado, merecendo a sua ação
em combate mais um louvor do Brigadeiro Arnaldo
Schulz, em 5 de abril desse ano, sendo agraciado com a
Cruz de Guerra de 1.ª Classe , em 9 de maio de 1967.
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A 30 de setembro de 1967, é promovido a Segundo-
Sargento. Nesse ano tem lugar uma operação no
Senegal que, segundo o próprio, lhe abrirá as portas
para a sua Torre e Espada, pela libertação do pessoal
da CCaç 1546 que, estando em operações de patrulha
na zona da fronteira, fora todo capturado pelo PAIGC.
Marcelino da Mata levou a bom porto esta Operação
com os seus 19 homens.
Por Alvará do Presidente da República, de 6 de
junho de 1969, o Segundo-Sargento de Engenharia
Rodoviária do CTIG Marcelino da Mata é agraciado
com o grau de Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e
Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
A 24 de junho, é transferido
para a 16.ª Companhia
de Comandos, nela se
mantendo até ao final
da sua atividade, em 2
de julho de 1970. Em
novembro de 1970
participa com a 1.ª
Companhia de Comandos
Africanos na Operação Mar
Verde, na Guiné-Conacri.