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12. A Guerra em África (1961-1974) – Recrutamento e Mobilização
das Tropas Portuguesas
publicados pelo Estado Maior do Exército , mas devemos registar que noutra
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fonte oficial encontramos dados diferentes sobre os faltosos, que revelam
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valores superiores, como se apresenta a seguir.
Isentos e outros
ano Recenseados Faltosos adiados
excluídos
1961 75.366 10.672 14,17 % 2 976 3,95 % 12.886 17 %
1962 79.357 12.409 15,64 % 3 166 3,99 % 6 709 8,29 %
1963 85.410 15.223 17,82 % 2 260 2,65 % 8 251 9,66 %
1964 86.977 17.712 20,36 % 1 862 2,14 % 6 154 7,08 %
1965 90.289 20.088 22,25 % 902 1 % 4 494 4,97 %
1966 87.506 19.133 21,86 % 544 0,62 % 4 447 5,13 %
A emigração e outras razões pessoais tiveram, efetivamente, expressão e
explicam a fuga de milhares de homens ao serviço militar, pois como podemos
constatar através dos dados apresentados, a percentagem dos recenseados em
cada ano, era cerca de 83% do total dos homens nascidos 19 anos antes do ano
da inspeção militar, mas a percentagem dos homens incorporados (aos 20 anos
de idade) era muito inferior. Como revelam os nossos dados , no vigésimo ano
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após a data de nascimento, o universo de homens incorporados, era em média,
apenas cerca de 55% da quantidade de homens nascidos no ano correspondente.
Quantidade de homens Homens incorporados Percentagem dos
nascidos em Portugal no serviço Militar Incorporados
1943 102.085 1963 54.039 52,9 %
1944 105.093 1964 57.390 54,6 %
1945 108.482 1965 48.759 44,9 %
6 Comissão para o Estudo das Campanhas de África (CECA) – Resenha Histórico-Militar das
Campanhas de África (1961-1974). 1º Volume, Enquadramento Geral. 2ª edição. Estado Maior do
Exército,1988, p. 258.
7 Análise dos Contingentes de 1961 a 1966 (AHM – FO/029/5/359/6).
8 Dados dos Anuários Demográficos do INE e dos documentos militares sobre o recrutamento.
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