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2. Paixão pelas armas e pelo tiro
O
instruendo, resultando numa instrução eficaz e
contribuindo dessa forma para a credibilidade da «Tenha paixão pelo que faz. É isso que fará de si
instrução de tiro. Devemos também lembrar que um profissional de destaque.»
esta é atualmente uma prática comum em países (Nelson Wilians)
como os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e É impossível ser um bom professor de uma
França, na qual os seus militares mais experien- matéria que não se gosta, não há bons cavalei-
tes em missões no âmbito da “Global War on Ter- ros se não gostarem de cavalos como também
ror” (GWT) desempenham funções de instrutores não há bons pilotos se não gostarem de aviões.
de tiro de combate devido á sua experiência em É imperativo que um instrutor de tiro militar goste
combate. No entanto, a experiência de combate, de armas, tiro, equipamentos e táticas, só deste
não é a única que contribui para o crescimento e modo haverá da sua parte o empenho e dedica-
a qualidade do instrutor, também a formação e o ção necessária e imprescindível á sua tarefa de
treino individual deste contribui de igual modo e ensinar a disparar e a combater com uma arma.
significativamente para esse mesmo crescimen- Independentemente da temática, quando alguém
to. Costuma-se dizer que “um instrutor é, e será aborda um tema de que gosta e pelo qual é apai-
sempre um aluno”, neste processo quanto maior xonado, esse sentimento é percebido pelo público
e mais diversificada for a sua formação, nacio- e na maioria das vezes tem um efeito contagiante
nal e internacional, maior será o seu grau de ex- que leva o publico a querer ouvir e saber mais. O
periência e de conhecimento na área do tiro de mesmo já não se verifica quando somos confron-
combate e por consequência melhor será o seu tados com alguém que nos expõem um tema que
desempenho como instrutor. não lhe agrada e que não domina, o seu vocabu-
lário é pobre e suas expressões enfadonhas, le-