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ARMAS COMBINADAS 09 - 83
constante com vista á obten-
ção ou não de uma credencia-
ção final. É indiscutível que a
formação de um instrutor de
tiro militar num âmbito mais
abrangente não pode de forma
alguma limitar-se a um mês ou
várias semanas de formação
dando-se por encerrada com
a entrega de um diploma. Inde-
pendentemente do tempo es-
tipulado para a formação, este
será sempre curto e insuficien-
te para o efeito, tendo em conta
a diversidade, complexidade e
assimetria da doutrina do tiro
militar, estando este sempre
em constante mutação fruto da
evolução das armas, equipa-
mentos, outros componentes e
mesmo da própria contextua-
lização operacional. O instru-
tor de tiro militar e de combate
deve ter plena consciência de
que o curso de instrutor é ape-
nas o primeiro degrau de uma
escada sem fim e cuja subida
só dependerá dele e do seu
empenho individual pois nin-
guém sobe a escada por ele e
quando parar num degrau, pa-
rou a subida e estagnou. Lem-
brando-se que é mais fácil des-
cer do que subir, ou seja, mais
11. Tempo de formação do instrutor de tiro mi- facilmente o instrutor perde
O
litar qualidades do que as granjeia.
“A evolução do homem passa, necessaria-
mente, pela busca continua do conhecimento.” Conclusão
(Sun Tzu)
O Instrutor de tiro militar do Exército Por-
A formação de um instrutor de tiro militar é tuguês deve ser um estudante a tempo inteiro, o
estendida por um determinado período de tem- exemplo de um militar eclético, pedagogo e mo-
po, sendo este o considerado necessário para tivador, com a nobre responsabilidade de ensinar
que se possam obter as valências consideradas os instruendos a combater com uma arma de
indispensáveis para ser um instrutor, carecendo fogo, cumprir a missão e servir Portugal.
sempre este de um processo de uma avaliação