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80 - ARMAS COMBINADAS 09










































            solução para que o instruendo as ultrapasse e fi-       A par com os conteúdos teóricos programáti-
            que ao nível dos restantes. Para o efeito, exige-se   cos do tiro militar e outros que se interligam, deve
            uma proximidade física do instrutor de tiro militar   exigir-se da parte do instrutor uma execução téc-
            com o instruendo, não faz sentido a imagem do      nica de excelência. O instrutor é o exemplo para
            instrutor de tiro do passado, em que este assu-    os seus instruendos e estes devem ver na per-
            mia uma postura vertical à retaguarda da linha     formance das suas demonstrações aquilo que se
            de tiro, muitas das vezes sem arma e munido de     pretende que executem e interiorizem. O instru-
            um apito. Há semelhança do professor de nata-      tor deve preocupar-se em treinar os pormenores,
            ção que salta para dentro de água para corrigir o   pois só dessa forma atingirá a excelência e terá
            nadador, auxiliando a sua flutuabilidade, também   a capacidade para demonstrar de forma perfei-
            neste âmbito se exige que o instrutor de tiro atual   ta. Ouvir o instrutor alertar para um determinado
            se movimente junto da linha, se aproxime e toque   aspeto e no minuto seguinte executá-lo tem um
            no instruendo por forma a corrigir a empunha-      duplo efeito: em primeiro lugar o instruendo vê
            dura ou a posição corporal. O instrutor tem que    o exemplo de como fazer bem e em segundo lu-
            ser mais um elemento da equipa e só com uma        gar, tem um efeito motivador no instruendo, pois
            atitude pedagógica e um contacto próximo com o     este vê que a tarefa é exequível e vai esforçar-se
            instruendo conseguirá a cumplicidade necessá-      para a reproduzir. Um instrutor com um bom nível
            ria para atingir o fim.                            técnico e graciosidade na execução, causa admi-

                                                               ração nos seus instruendos e no seu íntimo, estes
              O
            6.  Nível de execução técnica
                                                               vão querer ser como ele. Posto isto, facilmente se
            «Nós somos aquilo que fazemos repetidamen-         compreende que o instrutor deve treinar repeti-
            te. Excelência, então, não é um modo de agir,      damente não para fazer bem, mas sim, para fazer
            mas um hábito.»                                    excelente.
                                              (Aristóteles)
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