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SEMINÁRIO GESTÃO DE CARREIRA




                              estar a utilizar este verbo “saber” com muita frequên-
                              cia nesta frase, estamos a promover iniciativas convos-
                              co. Através dessas iniciativas pretendemos saber mais,
                              e mais do que isso, pretendemos estabelecer contactos,
                              parcerias, que nos ajudem agora, também, a manter este
                              comboio no carril.
                              O comboio está em andamento, não vai parar. Não está
                              pronto a ser implementado, muito longe disso, mas não
                              vai parar mais e precisamos de quem saiba mais do que
                              nós e quem tenha mais experiência do que nós em mui-
                              tas destas áreas, como na área tecnológica, como aqui-
                              lo  que  nos  foi  apresentado  pelo  senhor  engenheiro  da
                              BI4ALL. Mas temos que assumir que não temos todas
                              essas competências e não devemos ter vergonha de não
                              sabermos fazer tudo, nem pensar que, se não fizermos
                              tudo, virá alguém que não conhece as nossas especifici-
                              dades e vai fazer mal. Não! Nós devemos ser capazes de
                              explicar muito bem as nossas especificidades e depois
                              solicitar o apoio a quem, do ponto de vista das compe-
                              tências  tecnológicas,  das  competências  científicas,  ou
                              até de experiência ao longo de largos anos, nos pode aju-
                              dar neste desenvolvimento.
                              Apelo, outra vez, à vossa paciência e a vossa indulgência,
                              com outra reflexão que irei partilhar.
                              Se recuarmos àquilo que acabei de tentar transmitir, de
                              que o Exército é uma pirâmide rígida, não há outra so-
                              lução, senão escolher talentos e fazer escolhas para que
                              esses talentos progridam. Sempre o fizemos. Não é agora
                              que o Exército está consciente de que é necessário esco-
                              lher talentos. Nós apenas nunca lhes chamámos talentos
                              e vamos continuar a não chamar.
                              Nós não vamos chamar talentos a uma praça, um sar-
                              gento,  um  oficial  que  progride  na  sua  carreira,  que  é
                              escolhido a partir de determinada fase da sua carreira,
                              porque escolha é a palavra certa. Há uma fase inicial, tal
                              como aqui nos foi trazido pelo meu General do Exército
                              de Terra de Espanha, no início da carreira, em que a pro-
                              gressão tem por base a experiência e o tempo de expe-
                              riência na sua função, mas depois, a partir daí, é sempre






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