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SEMINÁRIO GESTÃO DE CARREIRA
ciação, apresentou um guia com orientações e princípios para a organiza-
ção e uso dos programas de orientação apoiados por computador, onde se
incluem ainda, uma série de medidas para garantir a qualidade dos sistemas
e pistas para a sua avaliação.
Baseados neste trabalho, em Portugal, Taveira e Silva (2011) propõe uma
Lista de Princípios Orientadores na avaliação das respostas tecnológicas de
apoio à orientação e gestão pessoal de carreira. Os autores propõem que
esta lista sirva de referência, ou seja, adaptada aos contextos da prática da
intervenção de carreira, em Portugal, pelos profissionais.
Em 1991, também, a Associação Norte-Americana de Desenvolvimento
Vocacional (NCDA – National Career Development Association), definiu
um conjunto de critérios e princípios para avaliação do software vocacio-
nal. Esta associação, NCDA, tem atualizado em permanência estes princí-
pios, disponibilizando no seu site, códigos de ética (“Ethical use of social
networking technologies in career services”) e linhas orientadoras para a
avaliação de ferramentas de desenvolvimento de carreira que recorrem a
tecnologia (“Career Software Review Guidelines”; “Software Evaluation Cri-
teria”), ou mesmo para a elaboração de conteúdos de informação de carreira
recorrendo às tecnologias (“Guidelines for the Preparation and Evaluation
of Video Career Media”), podendo ser um exemplo importante a considerar
neste âmbito.
Podemos com isto concluir que as recomendações da literatura respon-
sabilizam entidades e profissionais no investimento contínuo das respostas
de intervenção de carreira com recurso às tecnologias, considerando o que
explica a eficácia destas respostas, bem como os padrões éticos e deonto-
lógicos que as guiam, garantindo desta forma, o interesse dos clientes e a
salvaguarda dos seus direitos. Por exemplo, é também recomendado neste
âmbito, que os profissionais de desenvolvimento de carreira desenvolvam
intervenções de preparação do cliente para a utilização das tecnologias,
ajudem os clientes a interagir com o computador e com os programas, por
exemplo, revendo printouts e preparando a entrada em módulos ou sec-
ções subsequentes; e, apoiem os clientes a integrar a experiência, após a
utilização dos recursos tecnológicos, a partir da realização de um plano de
ação específico ou da identificação de outras fontes de informação (Taveira
& Silva, 2011).
Em suma, considera-se fundamental, encarar o papel do profissional de
desenvolvimento e carreira em relação às tecnologias como aditivo, em
vez de subtrativo. No fundo, a inclusão das tecnologias nas intervenções
de carreira permite aos profissionais evoluir da entrega de conhecimento
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