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AS NOVAS TECNOLOGIAS NO APOIO À GESTÃO DE CARREIRA





               rador baseado nestas suposições, no entanto estaríamos a criar algoritmos
               enviesados pela nossa intuição.
                 Por outro lado, podemos aproveitar o poder da Inteligência Artificial (Fi-
               gura 6) para analisar toda a informação e dados já existentes na nossa or-
               ganização, correlacioná-los, extrapolá-los e permitir que nos mostre uma
               nova realidade sobre os mesmos: as variáveis que mais afetam o risco de
               saída de um colaborador são estas. Muitas vezes a visão que nos é apre-
               sentada por estes algoritmos é bastante diferente do que a nossa intuição
               nos indicava, permitindo-nos passar a calcular o risco de rotatividade ou
               saída de um colaborador com base em variáveis e informações que antes
               descartávamos totalmente, tornando a precisão dos nossos algoritmos de
               previsão ou das nossas decisões, muito mais altas.
                 Sem a capacidade da Inteligência Artificial o que nós humanos muitas
               vezes fazemos é olharmos para uma parte da informação, fazemos as nos-
               sas suposições, usamos as nossas intuições e decidimos que vamos analisar
               o risco de saída dos nossos colaboradores baseados em dois ou três fatores
               como ordenado, a educação, pois na nossa realidade são estas variáveis que
               fazem sentido.
                 No entanto, quando aplicamos este algoritmo sobre os nossos dados
               é possível que tenhamos resultados que contrapõem a nossa intuição e
               suposições, como o ordenado não ter impacto na saída de um colabora-
               dor. Mas atenção! É importante não esquecer que cada organização é uma
               organização e não podemos interpretar os resultados de uma organização
               em outra, mas sim perceber que podemos utilizar estas técnicas da Inteli-
               gência Artificial nas diferentes organizações para, em cada uma, perceber
               por exemplo quais as variáveis que na sua realidade influenciam o risco de
               saída de um colaborador.
                 A mensagem importante a reter, é que podemos utilizar estas técnicas da
               Inteligência Artificial nas diferentes organizações para nos ajudarem a per-
               ceber que variáveis devemos observar para nos ajudar a resolver diferentes
               problemas e não somente o risco de saída de um colaborador.
                 Com esta abordagem conseguimos extrair da grande quantidade de in-
               formação que hoje em dia existe nas organizações, quais são as variáveis
               que realmente devemos utilizar nos nossos algoritmos para os diferentes
               problemas  que  pretendemos  resolver.  Na  verdade,  estamos  a  usar  deep
               learning para nos ajudar a ver uma realidade distinta.
                 Para ajudar a tornar mais clara esta abordagem vamos olhar para o se-
               guinte caso prático. Existe uma nova molécula que é considerada um super
               antibiótico com o nome de halicina.






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