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13. O Recrutamento no Portugal Democrático
Em 1996, através da Portaria nº 238/96, de 4 de julho, tendo em
consideração que nos últimos anos se tinha verificado um aumento do interesse
dos militares do sexo feminino em ingressar no Exército para prestar serviço nas
várias modalidades, interesse que superava quer o número de armas e serviços
quer o de especialidades de destino, previstas na Portaria de 1991, procedeu-se
a uma abertura plena à candidatura à prestação de serviço efetivo, em qualquer
das suas modalidades, na totalidade das armas e serviços do Exército, muito
embora com limitações a determinadas especialidades. 29
Num breve parêntesis histórico, não podemos deixar de efetuar uma
referência ao quadro de enfermeiras paraquedistas, que conheceu a sua
oficialização com a publicação do Decreto nº 43 663, de 1961. O 1º curso
foi iniciado nesse ano tendo terminado o mesmo apenas seis recrutas que
ganharam a alcunha de “As seis Marias”, já que todas se chamavam Maria.
Desde 1961 até 1974, ano de término do curso de enfermeiras paraquedistas,
viriam a ser formadas 46 enfermeiras paraquedistas, que participariam em
todos os teatros de operações do Ultramar. Embora o último curso ministrado
tenha sido em 1974, o fim oficial das enfermeiras paraquedistas viria a
concretizar-se em 1980, com o decreto-lei nº 309/80, que decretava a extinção
progressiva do quadro .
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e. a génese da Direção de Recrutamento (DR)
No âmbito das estruturas organizacionais do recrutamento, no ano de 1988,
sob a orientação do Brigadeiro Sales Grade, é elaborada a Informação n.º 8/88
Figura 1 – Quartel da graça
29 Anexo A ao Despacho nº 170/CEME/96, de 5 de julho.
30 BAPTISTA, Jorge – Combate no feminino: discursos, biologia e integração. Tese de Mestrado
(Texto policopiado). Universidade de Coimbra, 2017, p.13.
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