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RecRutamento no exéRcito PoRtuguês – do condado Portucalense ao século xxi

                  •  Garantia-se o acesso ao subsídio de desemprego no final do contrato
                     e a assistência na doença para o militar e respetivo agregado familiar
                     durante o período contratual e a contagem de serviço para efeitos de
                     aposentação.

                  Conforme facilmente se constata, trata-se de um conjunto (reduzido) de
            intenções, que careciam de formalização para garantir a sua operacionalidade.
            A medida mais concreta estava associada ao subsídio de integração. Porém,
            já  nesta  data,  numa  abordagem  redutora,  estabelecia-se  o  salário  mínimo
            nacional como uma referência para os militares em RV.

                  Durante o ano de 1997, através de um despacho conjunto  do Ministro
                                                                       52
            da Defesa Nacional e do Ministro para a Qualificação e o Emprego, procede-se
            à reformulação do regime de criação de UNIVA (unidades de inserção na vida
            ativa) em unidades, estabelecimentos e órgãos militares, com vista a facilitar
            a inserção na vida civil dos militares que cessassem a prestação de serviço
            efetivo nos regimes de voluntariado (RV) e de contrato (RC). As atividades a
            prosseguir, em articulação com os serviços do IEFP, referiam-se à orientação
            profissional ou escolar dos militares em RV e RC, visando a sua integração na
            vida ativa civil, apoiando-os na definição do percurso formativo e profissional.
            Incluiam a colocação de ex-militares e o acompanhamento da sua inserção
            na  vida  ativa  civíl;  o  apoio  à  frequência  de  estágios  e  cursos  de  formação
            profissional e a recolha e divulgação de ofertas de emprego e de formação
            profissional e a promoção de contatos com empresas.
                  O  funcionamento  das  UNIVA  era  assegurado  por  um  animador,  civil
            ou militar, com formação específica inicial e contínua, assegurada pelo IEFP.
            Procurava-se, deste modo, ao nível local, garantir a existência de uma célula
            nas UEO, a qual em estreita articulação com o IEPF, estivesse focalizada no
            apoio aos militares em RV e RC, designadamente na aquisição de qualificações
            que lhes permitissem futuramente uma mais fácil reinserção no mercado de
            trabalho.










            52  Despacho conjunto MDN/MQE, nº 327/97, de 22 de agosto.
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