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2. O Recrutamento Militar Entre o Final
da Reconquista e as Vésperas de Ceuta (1249-1415)

1355, terá engrossado o seu exército à custa de criminosos, tal como o fizeram
muitos dos seus vassalos . O caso teve um impacto tal, que nas Cortes de
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Coimbra de 1385 o Doutor João das Regras não hesitou em recordá-lo, afirmando
que D. Pedro não teve qualquer pudor em juntar a si quantos bandidos havia no
reino e, com eles, fazer a guerra a seu pai . E não era apenas nos períodos de
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conflitos armados que este tipo de situações se verificava. É disso que nos dá
conta um dos capítulos das cortes de Santarém de 1331, em que era pedido
ao rei que proibisse os ricos-homens, prelados, abades, cavaleiros e outras
“pessoas honradas” de acolher e trazer consigo homiziados e malfeitores .
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E se até meados do século XIV a monarquia conseguiu, tudo o indica, evitar
recorrer a este expediente para aumentar a dimensão das suas hostes, acabaria,
inevitavelmente, por reconhecer a utilidade desses combatentes e a importância
do seu contributo.
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servir no exército de D. João – mas também nos contingentes atribuídos aos
fronteiros –, pois nas cortes de Coimbra de 1385 os povos terão solicitado ao
recém-eleito rei que parasse de conceder cartas de perdão em troca de serviço
militar .
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LOUREIRO, Sara – O conflito entre D. Afonso IV e o infante D. Pedro”, Cadernos do Arquivo
Municipal, nº 7 (2004), pp. 42-62.
103 Crónica de D. João I , Vol. 1, Cap. CLXXXVI, p. 356.
104 Cortes Portuguesas: Reinado de D. Afonso IV, Capítulos Gerais das Cortes de Santarém, de
1331, p. 42.
105 MONTEIRO, 1998, pp. 88-89.
106 Crónica de D. João I, Vol. 1, Cap. XXVII, p. 56.
107 MONTEIRO, 1998, pp. 89-90.
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